Virtual Crop Tour – EUA
Nossa equipe de analistas de safra monitora constantemente as principais regiões de cultivo do mundo. Para entender o que está acontecendo no campo, olhamos para o céu usando dados de satélite de nível científico para impulsionar as análises líderes do setor.
Este tour virtual pela cultura tem como objetivo verificar as condições atuais na área do Cinturão do Milho nos EUA e fornecer informações sobre o que esperar das principais culturas nos EUA.
Dia 5
VIRTUAL CROP TOUR: Análise geral do Crop Tour realizado nos últimos dias
No Virtual Crop Tour 2022, a EarthDaily Agro percorreu todo o Corn Belt e analisou mais de 82% da área destinada ao cultivo de milho nos Estados Unidos. Considerando a atual estimativa de produtividade, os onze estados analisados devem responder por mais de 85% da produção nacional (esse percentual pode mudar até o final do ciclo, dependendo das revisões nas estimativas).
Por enquanto, a EarthDaily Agro estima a produção de milho em cerca de 0,1% abaixo da estimativa do USDA, 5,1% abaixo da produção de 2021 e 2,6% abaixo da média de 5 anos. Esses números ainda podem ser revisados.
ESTADOS UNIDOS – Virtual Crop Tour identificou problemas nas lavouras de milho dos EUA?
SIM.
No oeste e norte do cinturão do milho, região que compreende os estados de Kansas, Nebraska, Dakota do Sul, Dakota do Norte e Minnesota, as lavouras sofreram com o baixo volume de chuvas e temperaturas acima da média nas últimas semanas, conforme destacado nos dias anteriores do nosso Virtual Crop Tour. A estimativa atual é de que a produção média desses estados seja 8,8% menor em relação à tendência, o que significa uma queda na produção de mais de 11,6 milhões de toneladas.
Atenção às condições de Iowa, que responde por cerca de 17% da produção de milho do país. No estado, especialmente no oeste, o NDVI se deteriorou em meados de agosto, o que sugere que as condições podem ser piores do que o estimado atualmente (ver dia 4 do Virtual Crop Tour).
A estimativa, realizada em 19 de agosto, é de que a produção nacional fique 7% abaixo da tendência (considerando os últimos 15 anos), mas ainda há necessidade de acompanhar a evolução do NDVI nas próximas semanas, o que pode resultar em uma variação da nossa estimativa.
Se você deseja acompanhar nossas estimativas nas próximas semanas para os Estados Unidos e outros países, para milho e outras culturas, entre em contato conosco e adquira nossos serviços.
Para saber mais sobre o EarthDaily Agro, visite: https://earthdailyagro.com/
Dia 4
ILLINOIS: A seca do noroeste resultou no colapso do NDVI no estado?
NÃO.
Apesar da baixa umidade do solo ① (inferior à média desde meados de junho), o índice de vegetação ② tem apresentado boa dinâmica, principalmente no início da segunda quinzena de agosto e atualmente está no patamar mais elevado em relação às últimas cinco safras. Para os próximos dias, há dois cenários diferentes ③: primeiro, o ECMWF espera baixa precipitação, o que manterá a umidade do solo abaixo da média e pode limitar o potencial produtivo; segundo, o GFS prevê boas chuvas para os próximos dias, o que permitirá um aumento da umidade do solo, favorável ao desenvolvimento do milho. Em geral, a boa evolução do NDVI indica boas condições de cultivo na região, mas a baixa umidade do solo tem limitado nosso otimismo.
ILLINOIS: As lavouras na parte leste do estado estão em boas condições?
SIM.
Os índices de vegetação ① indicam uma analogia com o bom ano de 2017 (quando a produtividade ficou 5% acima da tendência, considerando os últimos 15 anos), bem como o balanço hídrico (Precipitação – Evapotranspiração) ②. Para a safra atual, considerando o estado, a tendência indica produtividade de 204,1 bushels/acre (12,81 t/ha).
ILLINOIS: A produtividade pode ser alto no oeste do estado?
SIM, MAS…
O NDVI ① apresentou boa evolução, semelhante a 2021, quando a produtividade do estado foi de 207 bushels por acre (12,99 t/ha). A boa umidade do solo ② durante julho e início de agosto foi favorável ao desenvolvimento do milho. Mas o volume de precipitação tem sido baixo desde o final da primeira metade do mês, o que resultou em uma queda na umidade do solo. O balanço hídrico (Precipitação – Evapotranspiração) ③ de agosto deve terminar no menor nível em relação às últimas cinco safras, o que nos faz continuar cautelosos quanto ao potencial produtivo, apesar dos bons índices.
IOWA: Há seca intensa no estado do leste?
NÃO.
Os índices de vegetação ① apresentaram analogia com os anos de 2017 (produtividade boa; 202 bushels/acre ou 13,2 t/ha) e 2020 (produtividade ruim; 184 bushels/acre ou 11,55 t/ha) até o início de agosto e, em meados do mês o NDVI apresentou melhora na dinâmica, o que indica que as lavouras estão em boas condições. A melhora no NDVI está em linha com o aumento da umidade do solo e, para os próximos dias, a previsão (ECMWF) é que a umidade do solo ② permaneça próxima da média, acima da registrada em 2017 e 2020.
IOWA: Há boas perspectivas para todo o estado?
NÃO.
Da região central ao noroeste do estado, o NDVI ① começou a se deteriorar em agosto, assim como o ano ruim de 2020. A baixa precipitação e a alta temperatura podem contribuir para a senescência precoce, como em 2020, o que provavelmente significaria rendimento baixo para a região. Ressalta-se que a umidade do solo ② aumentou em meados de agosto (para níveis superiores aos registrados em 2020), o que aliviou o estresse hídrico, portanto, há a necessidade de monitorar como os índices de vegetação responderão ao aumento da umidade do solo. Um maior volume de chuvas nos próximos dias beneficiaria o milho.
IOWA: Há motivo de preocupação em alguma parte do estado?
SIM
Assim como no noroeste, na região em amarelo no mapa, o NDVI ① apresentou uma dinâmica ruim em agosto, assim como em 2018, porém, em 2018 o início do ciclo foi positivo e limitou a perda de potencial produtivo, o que não não parece ser o caso na temporada atual. A umidade do solo ② aumentou em meados de agosto, mas deve cair novamente nas últimas semanas do mês. As más condições podem limitar o potencial de rendimento do milho. Com exceção do leste do estado, as demais regiões apresentam condições desafiadoras.
Dia 3
OHIO: O milho pode se recuperar em Ohio?
SIM, MAS…
Os índices de vegetação ① no coração da produção de milho do estado apresentaram ligeira melhora no início da segunda quinzena de agosto, o que pode indicar uma recuperação das lavouras. O NDVI está semelhante aos anos de 2019 (164 bushels/acre ou 10,29 t/ha) e 2020 (168 bushels/acre ou 10,55 t/ha), ambos anos ruins em termos de produtividade, o que significa que mais chuvas serão necessárias para permitir a recuperação das lavouras. A umidade do solo ② deverá permanecer abaixo da média em agosto, segundo o ECMWF, mas existe a possibilidade de um cenário mais favorável. Para os dias 18 a 31 de agosto ③, o modelo europeu prevê baixa precipitação, porém, o modelo americano (GFS) espera mais chuva, o que deve resultar em aumento mais intenso da umidade do solo.
INDIANA: Existe alguma chance de não haver quebra de safra no leste de Indiana?
SIM
Na região, o início do ciclo foi marcado por baixa precipitação e má evolução do NDVI, devido à baixa umidade do solo. No entanto, a melhora das chuvas em julho permitiu a recuperação das lavouras nas últimas semanas e os índices de vegetação ① apresentaram boa dinâmica em meados de agosto (até 17/8). A previsão é que a umidade do solo ② permaneça abaixo da média durante a segunda quinzena de agosto, o que pode limitar a recuperação das lavouras, mas assim como em Ohio, o modelo americano espera mais chuvas ③, o que resultará em aumento da umidade do solo, positivo para as lavouras.
INDIANA: Existe um sinal de colapso do NDVI no oeste de Indiana?
NÃO.
Os índices de vegetação ① tiveram boa evolução na primeira quinzena de agosto, o que indica recuperação das lavouras, que sofreram com a estiagem no início do ciclo. A precipitação acumulada ② mostra uma analogia com o ano de 2017, quando a produtividade do estado ficou 3% acima da tendência (considerando uma tendência de 15 anos). Por enquanto, estamos considerando uma tendência negativa, devido à má evolução no início do ciclo, mas se a dinâmica se mantiver positiva, a perspectiva é de aumento da estimativa, que atualmente é de 182,15 bushels/acre (11,43 t /ha).
WISCONSIN: Pode haver bons rendimentos em Wisconsin?
SIM, MAS…
Os índices de vegetação ① apresentam boa dinâmica em agosto e em meados do mês o NDVI estava em seu maior patamar em relação ao mesmo período de anos anteriores. O início da evolução dos índices de vegetação foi ruim, mas semelhante ao bom ano de 2017 (rendimento 4% acima da tendência), porém a seca no início do ciclo e umidade do solo ② em patamar inferior ao da safra 2017 limita o otimismo em termos de potencial produtvivo.
Dia 2
DAKOTA DO SUL: Pode haver quebra de safra no centro-sul do estado?
SIM.
Os índices de vegetação ① estão apresentando uma dinâmica ruim, principalmente desde o início de agosto. O NDVI está em um nível inferior ao ano ruim de 2021 (-13%) e o balanço hídrico (Precipitação – Evapotranspiração) ② mostra uma analogia com a temporada passada. Mais chuvas serão necessárias para aliviar o estresse hídrico, mas é provável que, mesmo que as chuvas retornem, já haja danos consolidados às lavouras.
DAKOTA DO SUL: O norte do estado tem boas condições?
NÃO, MAS PODERIA SER PIOR!
No norte do estado, o NDVI ① está em linha com a média, semelhante ao ano de 2017 (+1%). No entanto, a baixa umidade do solo ② é motivo para preocupação. A previsão é de continuação de seca para a região. Será necessário acompanhar de perto a evolução dos índices de vegetação, que podem apresentar deterioração acelerada nos próximos dias, principalmente se a estiagem continuar.
NORTH DAKOTA: As condições são piores do que em comparação com o sudoeste do Cinturão do milho?
NÃO.
Após a alta pluviosidade de maio, que resultou em plantio tardio, o volume de chuvas diminuiu, mas a umidade do solo ① está próxima da média, superior ao ano passado, assim como o NDVI que, embora não esteja alto, indica melhores condições do que na temporada anterior. A previsão é de que a umidade do solo aumente nos próximos dias, o que é favorável para as lavouras, mas o NDVI ② (embora esteja em patamar superior na comparação anual) não está em bom nível e limita qualquer otimismo quanto ao potencial produtivo.
MINNESOTA: Os índices de vegetação já mostram sinais de colapso na região central do estado?
NÃO.
As fortes chuvas de maio resultaram no atraso do plantio, o que justifica o atraso na evolução dos índices de vegetação na safra atual. No entanto, a seca prevaleceu na região central do estado (em amarelo no mapa) e a umidade do solo ① deverá permanecer abaixo da média nas próximas semanas. Por enquanto, o NDVI ② ainda não entrou em colapso, mas quanto tempo ele pode aguentar sem uma boa umidade do solo? A continuação da seca é motivo de preocupação.
MINNESOTA: O estresse hídrico deve continuar intenso em todo o estado?
NÃO.
No norte e sul do estado, a umidade do solo ① aumentou no início de agosto e a previsão (ECMWF) prevê umidade ainda acima da média no curto prazo, o que será favorável para os campos de milho. Os índices de vegetação ② estão em linha com a média mas tem apresentado uma ligeira piora da dinâmica nos últimos dias, então será necessário acompanhar de perto a evolução do NDVI nos próximos dias. Se houver uma senescência precoce, isso será uma indicação de que o potencial produtivo pode ser inferior à tendência (195 bushels/acre ou 12,24 t/ha).
Dia 1
KANSAS: Já existem perdas consolidadas?
SIM.
A associação entre alta temperatura ① (23 dias com temperaturas acima de 35°C desde o início de julho) e baixa precipitação ② (apenas 1,68 mm na primeira quinzena de agosto; média de 37,91 mm) manteve a umidade do solo baixa ③, com o exceção do final de julho e início de agosto, quando ocorreu a maior parte das chuvas registradas nos últimos 45 dias. Os índices de vegetação ④ mostraram uma dinâmica ruim desde o início do ciclo, embora superior ao ano ruim de 2012, quando a produtividade ficou 25% abaixo da tendência. Mesmo que as condições climáticas melhorem (e o ECMWF prevê baixa precipitação no curto prazo), já há perdas consolidadas nos campos de milho do Kansas.
MISSOURI: As colheitas do Missouri também sofreram com a seca?
NÃO.
A precipitação acumulada ①, considerando desde o início de junho, está um pouco abaixo da média, semelhante ao bom ano de 2017. Os índices de vegetação ② apresentaram boa dinâmica nas últimas semanas, o que indica que as lavouras estão em condições satisfatórias. No entanto, o NDVI teve uma evolução ruim no início do ciclo, o que limita o otimismo sobre o potencial produtivo.
NEBRASKA: O NDVI indica forte quebra de safra em todo o estado?
NÃO, MAS…
Na região central do estado, os índices de vegetação ① apresentaram evolução muito semelhante a 2019 (rendimento -2%), mas dinâmica ruim nos últimos dias, o que pode ser reflexo da queda na umidade do solo ② e das altas temperaturas ③ registrado em julho. Apesar do NDVI em patamar um pouco acima da média e em um nível superior ao de outras regiões não esperamos bom potencial de produtividade, principalmente com a previsão de continuidade da estiagem.
NEBRASKA: O NDVI indica um cenário catastrófico no oeste e leste de Nebraska?
SIM.
No oeste e leste de Nebraska estão localizadas as lavouras com as piores condições do estado. O NDVI ① indica um baixo potencial de rendimento, refletindo a baixa umidade do solo ② durante o ciclo até agora. Em agosto, a precipitação acumulada ③ durante os primeiros 14 dias foi de apenas 4,34 mm. A previsão aponta para boas chuvas nos dias 15 e 16 de agosto, mas ainda insuficientes para reverter a situação. A perspectiva é de que o rendimento fique abaixo de 11,6 toneladas/ha (menos de 185 bushels/acre).
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